quinta-feira, 18 de abril de 2024

Cantinho da leitura

Quando o Nícolas tinha por volta de 1 ano de idade, comprei uma "caminha montessori" (dessas baixinhas, em formato de casinha) para pôr no quarto dele. Ele de fato nunca a usou para passar a noite, já que optamos por fazer cama compartilhada, mas até quase uns 3 anos de idade, eu sempre o deixava dormir lá quando eu e marido não estávamos na nossa cama (o que acontecia nas sonecas da tarde, ou assim que ele adormecia de noite, por volta de 18h, até irmos nos deitar). De noite ele dormia na nossa cama, alta, mas sempre entre eu e o pai, ou entre um de nós e a parede, então não havia risco. 

Até ocorreu algumas vezes, antes do Vinícius nascer, de o Nícolas pedir para dormir na própria cama durante a noite, mas depois que o irmão chegou ele simplesmente não quis mais. 

Também com a chegada do Vinícius, trocamos nossa cama queen alta pra uma cama king bem baixinha, e colocamos grades em torno dela toda. A partir daí, mesmo nas sonecas da tarde, sem eu ou o pai estarmos deitados juntos, os meninos dormiam na nossa cama. 

Assim, não havia mais necessidade de mantermos a caminha infantil. Mas ao invés de desfazermos dela, eu a transformei em uma biblioteca, retirando o colchão e colocando uma estante de livros de tecido, pendurada.

Essa casinha está assim há quase 3 anos, mas com o tempo a "novidade" foi acabando, e os meninos foram aos poucos se desinteressando dela... E ela acabou virando quase um depósito de brinquedos (a faxineira atual insiste em colocar todos os brinquedos dos meninos dentro dessa casinha, e eu acabei sendo vencida pela cansaço, e desisti de deixar ela vazia). 

Mas há algumas semanas o Vinícius começou a se interessar muito por livros. E aí eu decidi "reformar" a casinha, e fazer um novo cantinho de leitura, pra incentivá-lo (e também ao Nícolas) a passar mais tempo no quarto com os livros e menos tempo na sala com a televisão.

Então troquei a posição da casinha, colocando-a no centro do quarto (antes ela estava em um cantinho). Tirei a "estante de tecido" de livros, que já estava meio capenga depois desse tempo, coloquei um fundo de tecido (que eu havia comprado no aniversário de 1 ano do Vinícius), colei uma fita de luzinhas led, e comprei 2 pufes pra eles sentarem. Os livros por enquanto estão na estante lateral, e estou ainda decidindo se vou deixá-los lá, ou se troco de lugar. Ainda vou adicionar umas estrelas de feltro (que fiz pro aniversário de 3 anos do Nícolas) penduradas na casinha, e um tapete no chão. Mas já está bem bacana, e os meninos já tem gostado de passar um tempo em seus pufes folheando livros. Fiquei feliz com o resultado.




Carnaval 2024


Como falei há um ano, antigamente eu não era muito fã de carnaval, mas ano passado dei uma chance para os bloquinhos de rua infantis, e adorei. Esse ano repetimos a dose, e fomos em alguns. Os meninos curtiram. Até o Nícolas, que se incomoda com barulho muito alto e ficou saturado no ano passado, esse ano curtiu (ele gostou principalmente de jogar "espuminha" nas pessoas)...

Esse ano eles foram fantasiados de Buzz e Woody, porque na época era a animação preferida deles, que não parava de se repetir aqui em casa...



sexta-feira, 12 de abril de 2024

Buzz Lightyear


Como eu contei, no natal Nícolas pediu um boneco do Buzz Light Year ao Papai Noel. E então nós procuramos e compramos uma versão mais simples que a original da Disney. Assim que encontrou na árvore, ele amou o presente. Mas passados alguns dias ele começou a comparar o boneco dele com o apresentado no filme, e começou a ver que os seu era incompleto, pois não fazia sons e nem tinha luzes, asas e capacete. E aí começou a reclamar que o Papai Noel tinha trazido o boneco errado, e começou a me pedir pra falar com o Papai Noel e solicitasse que ele trocasse o brinquedo (SAC)... rsrs

Primeiro pensei em aproveitar a ocasião pra deixar ele aprender a lidar com a frustração e a entender que nem tudo podemos ter da forma como queremos... Mas mesmo achando essas lições importantes, resolvemos sim procurar um boneco da forma que nosso menino queria... é tão bom atender aos desejos de nossas crianças, e não é sempre que ele faz 'exigências' e nem é sempre que as atendemos, que nos dobramos a esse desejo sim.

Aí fomos procurar o tal do Buzz Light Year. E descobrimos que existem várias versões do boneco original. Acontece que a maior parte das versões fala em inglês, algumas em espanhol. Na realidade, existe apenas uma versão que fala em português, lançada pela Matel como edição comemorativa de 10 anos de surgimento do filme Toy Story.  Esse boneco é bem parecido ao do filme, abre e fecha o capacete, tem asas, luzes, e fala as frases do filme em português. Mas acontece que isso foi em 2015... 

Então o marido resolveu comprar uma versão original da Disney de um site que importa brinquedos dos EUA (eu já havia importado um outro brinquedo antes, pro aniversário de 3 anos do Nícolas, um ônibus escolar amarelo da Playmobil), e já que iria pagar o frete do Buzz, comprou também um Woody original (já tínhamos em casa um Woody de plástico) Os dois brinquedos juntos, mais taxa de importação e frete, saiu por quase R$1000,00!!! Foi um grande gasto, mas que nossos filhos merecem, até porque não temos tantos gastos corriqueiros com eles, que outras crianças da mesma idade (e classe social) tem, como roupas caras, parques, etc...

Mas a história não acaba por aí... Depois do marido ter feito o pedido da loja internacional (que demora uns 2 meses pra entregar), eu achei a venda um exemplar do Buzz fabricado pela Matel, que fala português!!! Ele foi produzido em 2012, tinha algumas marcas de uso e de tempo (claro), mas estava bastante bem conservado e funcionando normalmente. Comprei, na expectativa que o marido pudesse cancelar a compra do Buzz americano ou que o venderíamos caso não pudesse desfazer a compra...

Então o "Buzz que fala português" chegou, e os meninos se apaixonaram, com imaginei que aconteceria. E estaria tudo bem por aí, mas um tempo depois, quando chegaram os 2 que falam inglês, o marido não quis desfazer do Buzz, porque eles tem funcionalidades diferentes...
O que fala português tem a função "vôo", que é quando o capacete está fechado, ele fica fazendo sons de vôo (e falando) sem parar, enquanto o que fala inglês não tem essa função. Mas a versão americana guarda e abre as asas, enquanto a versão brasileira tem as asas abertas fixas.

O marido não quis se desfazer do americano e eu não quis me desfazer do brasileiro (principalmente porque ele é uma raridade), então ficamos com todos... hahahahahha
Então hoje temos: 1 Buzz pequeno (o primeiro que "Papai Noel" trouxe), um Buzz da Matel que fala português, um Buzz original Disney que fala inglês, um Woody simples de plástico e um Woody original Disney de pano (que fala como no filma, em inglês)

recentemente eu notei que os meninos estavam brincando muito mais com o "Buzz que fala inglês", então guardei "o que fala português" na caixa dele. Mas não pretendo me desfazer dele tão cedo... quem sabe daqui a uns anos eu não o revendo ainda mais caro do que paguei?



quinta-feira, 4 de abril de 2024

Viagem para São Gabriel


Meus sogros moram no interior do Rio Grande do Sul, em uma cidade chamada São Gabriel. A cidade é pequena e bem gostosinha, mas o aeroporto mais próximo é em Porto Alegre, e de lá ainda tem uns 300km de rodovia.  Antes dos meninos nascerem, eu já havia ido lá 2 vezes, mas por conta da dificuldade em se chegar, depois que tive os meninos não fomos novamente, e nem fazíamos planos para tal... Em vez disso, meus sogros é que vieram aqui algumas vezes (quando Nícolas nasceu, em setembro de 2018, quando fez 1 ano, em setembro de 2019, no Natal de 2021 e no Natal de 2022). 

Até que minha cunhada resolveu se casar, em dezembro de 2023, justamente em São Gabriel, e criamos coragem pra encarar essa viagem.

Fizemos uma programação boa, de forma que os meninos pudessem curtir o vôo (eles já haviam viajado de avião antes e adoraram) e dormir durante a viagem de carro.
Viajamos em uma sexta-feira. De manhã os meninos foram à escola e eu fui ao trabalho. Buscamos eles depois do almoço e já fomos direto de casa pro aeroporto. Ao chegar em Porto Alegre pegamos um carro alugado e às 19h00 iniciamos a viagem de carro. O horário foi perfeito, já que os meninos não tiraram soneca depois do almoço e então já estavam com sono no final da tarde.
Na volta, nosso vôo saía logo depois do almoço também. Até daria tempo de sairmos de São Gabriel de manhã, mas os meninos iriam ficar entediados em uma viagem tão longa de carro num horário que não sentem sono, e não teríamos tempo pra nenhum atraso (por exemplo se tivesse um engarrafamento na estrada, ou algo assim). Então optamos novamente por viajar de carro de noite, na véspera, até Porto Alegre, onde passamos então a noite em um hotel. De manhã pudemos acordar com calma, tomar café da manhã sem pressa (que por sinal estava maravilhoso e com várias opções veganas) e depois irmos até o aeroporto. Os meninos aproveitaram novamente a viagem de avião, e chegamos em casa tranquilos.

Como íamos pegar estrada tanto na ida quanto na volta, decidimos por levar as cadeirinhas dos meninos dessa vez, pois são muito mais seguras e confortáveis do que as que as locadoras costumam alugar. Foi uma decisão muito acertada, e nem pagamos nada a mais pelo despacho (achei que a empresa aérea poderia querer cobrar como bagagem, mas enviaram como cortesia). 

Passamos poucos dias em São Gabriel, por que eu não estava de férias (apenas peguei 3 dias de "dispensa"), mas foram muito bons. A festa de casamento foi ótima, Vinícius dançou até o final (enquanto Nícolas dormia no sofá... rsrs). Aproveitamos para ir na área rural, onde o marido tem parentes, e os meninos andaram no charco, deram mamadeira pra ovelha, e se divertiram muito! Até o tempo em que ficamos na cidade foi bom, pois minha sogra ficava com os meninos e a gente podia "relaxar" um pouco.

De vez em quando os meninos pedem pra visitar novamente a avó que mora longe, e agora que vi que não é tão difícil assim como eu imaginava, já to querendo de fato repetir a dose. 




Vinícius desfraldando

Na última sexta-feira (que foi uma sexta-feira santa, veja que coincidência) estávamos na casa da minha amiga Lívia usando a piscina. Coloquei uma sunguinha no Vinícius e o orientei que não podia fazer cocô na piscina porque ele não estava de fralda, e que se sentisse vontade deveria me avisar pra irmos ao banheiro.

Daí a um tempo ele me avisou que queria fazer xixi, fomos ao banheiro e ele fez no vaso. E então ele falou "agora eu não uso mais fralda, vou usar cueca". Colocamos uma cueca nele, e pronto! Desfraldou!

Amanhã faz uma semana desse ocorrido. Tivemos pequenos contratempos, como um certo "medinho" de evacuar no vaso sanitário, e pequenos escapes de xixi na roupa. Mas tudo está fluindo muito tranquilamente, e o melhor: no tempo dele e guiado por ele. 

Vou aguardar mais algumas semanas pra o desfralde de fato se "consolidar" e aí vou fazer uma última lavagem profunda nas fraldinhas de uso diurno e finalmente guardá-las para um próximo bebê fazer uso - a expectativa é que logo logo venha um(a) sobrinho(a). 

Não vou mentir: hoje estou bem ansiosa por quando não tiver mais que limpar fraldas... hahaha
Vai dar uma boa aliviada na nossa rotina não ter que diariamente limpar as fraldas que vem sujas da escola. As fraldas de uso noturno ainda continuam em uso, sem previsão de retirar, mas como é apenas uma por dia e apenas de xixi, é muito mais simples a manutenção. Mas sei que daqui a um tempo vou até sentir saudade dessas fraldinhas, que usamos e cuidamos sempre com tanto carinho.

E tenho bastante orgulho de ter levado o uso das fraldas de pano desde o nascimento até o desfralde com dois filhos. Pode não ser um ato enorme, mas é o que está ao nosso alcance fazer (não sem algum esforço) para que nossos filhos, os filhos e netos deles possam desfrutar de um planeta melhor.

quarta-feira, 20 de março de 2024

Natal com Papai Noel


No natal de 2022 eu contei  que o Nícolas não conhecia a história do Papai Noel, e nem cumprimos o protocolo de dar presente de natal... Mas isso mudou em 2023, e nesse natal tivemos Papai Noel por aqui. 

Possivelmente ele escutou histórias sobre o assunto dos amigos da escola, e veio nos perguntar se Papai Noel existia. E eu dei várias respostas: primeiro eu disse que tinha gente que acreditava e gente que não acreditava. E ele continuou perguntando. Aí eu disse que era uma lenda, e ele continuou perguntando. Aí eu disse claramente que  não existia, mas ainda assim ele continuou perguntando. E aí eu percebi que ele queria acreditar no Noel, e não vi motivos para negar esse desejo dele. E então voltei a pergunta pra ele: "você acredita em Papai Noel?" no que ele afirmou que sim,  e então eu respondi: "se você acredita no Papai Noel, então o Papai Noel existe pra você". E ele se deu por satisfeito... rsrsrs

Esta vontade de acreditar possivelmente surgiu por ele ter visto a alegria dos amigos que são convictos da existência do bom velhinho, e quis vivenciar esta alegria também. E, embora eu não ache que seja ideal ficar inventando seres fantásticos pra crianças (eu sempre digo claramente que não existe dragão, sereia, fada, unicórnio, etc - mas reforço que existe/existiu a "versão real" dessas criaturas: dinossauro, golfinho, borboleta e pônei), neste caso a história não partiu de um adulto 'mentindo' pra uma criança, e sim dele mesmo. Portanto, não serei eu quem vai estragar essa fantasia que ele construiu.

E então, sabendo da história, o pedido de presente também aconteceu. Foi em um teatro interativo que fomos, em que as crianças tinham que "salvar a estrela de natal" em um cenário composto por vários ambientes, e no final o bom velhinho estava lá. Nícolas sentou ao seu lado e pediu um boneco do Buzz Light Year, pois desde então (e até hoje) os filmes do Toy Story tem sido sucesso por aqui.

Não fiquei insistindo na  história do Papai Noel, nem acrescentando detalhes. Mas compramos o Buzz Light Year (que depois de um tempo não agradou muito e rendeu uma longa história, que vou contar em outra oportunidade), embrulhamos e colocamos embaixo da árvore pra ser encontrado na manhã de natal. E quando recebeu o presente, ele falou muito feliz e muito convicto "Viu, viu? Eu sabia que o Papai Noel existia!! Eu sabia!!!"

quarta-feira, 6 de março de 2024

Meu primeiro "vale night"


Fui convidada para o casamento de um grande amigo que aconteceria em uma sexta-feira pós-feriado, dia 13 de outubro, em Campo Grande /MS. A primeira coisa que cogitamos foi pedir uns dias de desconto em férias e aproveitarmos a oportunidade para irmos em família ao casamento e alongarmos a viagem até Bonito/MS, já que todos nós adoramos passeios de trilha/cachoeira e o marido ainda não conhece Bonito. Mas depois de vermos o preço que uma viagem dessa custaria e as restrições de idade para os passeios (os melhores passeios não são permitidos pra crianças pequenas - e com razão), acabamos desistindo dessas "mini-férias" em família por enquanto (mas certamente quando os meninos forem maiores, faremos). 
Aí ficamos pensando em outras opções...  
Uma opção seria irmos os 4 apenas para o casamento, mas assim também ficaria bastante caro (ambos os meninos já tem mais de 2 anos, então pagam passagem aérea) e na realidade não seria bom; os meninos dormem bem cedo, então ficaria bastante cansativo pra eles estar na festa até tarde e nós não conseguiríamos aproveitar a festa de verdade (nem pra dançar, nem mesmo pra conversar).
Outra opção seria deixarmos os meninos com alguém e irmos somente eu e marido. Mas ambos concordamos que nossos filhos ainda são muito pequenos para isso, e não nos sentiríamos nada confortáveis em nos ausentarmos os dois da cidade sem eles, mesmo que fosse por uma noite.

Nesse ponto eu já estava convencida a pedir desculpas ao meu amigo e não ir ao seu casamento, mas então o marido disse pra eu ir sozinha... Fiquei bastante relutante em fazer isso pois eu sabia que o Vinícius sentiria bastante, já que ele ainda dorme mamando todo dia e ainda acorda pra mamar no meio da noite. Mas mesmo sabendo que a noite que eu estivesse fora seria um caos, o marido insistiu pra eu ir... E mesmo com culpa materna lá em cima, eu fui.

Foram apenas 2 dias e 1 noite - fui na sexta-feira pela manhã e voltei no sábado ao final da tarde (o casamento aconteceu na sexta-feira de tarde). Combinei com mais 2 amigas e 1 amigo próximos de ficarmos no mesmo hotel, então nos encontramos além da festa (almoçamos juntos, usamos a piscina do hotel, botamos o papo em dia), e também revi colegas da faculdade que há muito eu não via. 
Achei que eu não conseguiria me divertir preocupada com os meninos, ou com saudade, ou com culpa materna, mas a verdade é que eu me diverti bastante e descansei bastante também (poder dormir uma noite inteirinha sem acordar pra amamentar foi revigorante)... rsrs

Pros meninos foi como se eu tivesse ficado fora apenas 1 noite e mais 1 dia, pois na sexta eles foram normalmente pra escola, onde passaram o dia inteiro. De noite minha irmã foi pra minha casa, pra ajudar meu marido a cuidar deles e distraí-los, e no outro dia ainda tiveram uma festinha de aniversário. O Nícolas ficou bem, mas o Vinícius passou uma noite difícil, chorando me procurando... E depois demorou algumas semanas para ele se sentir seguro novamente, o que pude comprovar principalmente quando ia deixá-los na escola, e Vinícius não queria me deixar ir embora (antes da minha viagem ele ficava tranquilamente lá).

Mas pesando prós e contras, foi ótimo!!! Eu acho que estava precisando desse descanso mesmo. Bom seria se todo homem entendesse isso como meu marido entendeu, e proporcionasse esse momento de descanso e diversão pras mães, geralmente tão sobrecarregadas pela maternidade.