quarta-feira, 19 de maio de 2021

Segundo carrinho de bebê - Voyage

Como entusiasta do minimalismo, não sou adepta a ter vários itens da mesma espécie. Quando decidi comprar um carrinho de bebê, uma das minhas exigências é que fosse um carrinho que desse pra ser usado desde recém-nascido até o bebê maior, e que servisse para tudo que fôssemos fazer, justamente pra não precisar ter mais que um. E o carrinho escolhido - Maris GB - realmente nos atendia em todas as nossas necessidades. 

Ainda assim, passado um tempo comprei um segundo carrinho de bebê. Isso porque quando fomos sair de férias pela primera vez com o Nícolas, no final de 2018, não tive coragem de levar nosso carrinho Maris para a viagem... Ele estava tão novinho, sem nenhum arranhão, e fiquei imaginando que poderia ser todo destruído no processo de despacho de bagagem... Pesei muito os prós e contras, e na contramão do meu minimalismo, resolvi que compraria outro carrinho de bebê para levar nas férias.
Decidi então comprar um desses bem simples, modelo guarda-chuva, que fosse pequeno, leve e principalmente que fosse barato. Minha única exigência é que ele reclinasse, já que Nícolas era bem novinho na época e um carrinho com encosto "sentado" seria desconfortável pra ele. Procurei em algumas lojas e  supermercados, e com alguma dificuldade (eu só estava encontrando os do tipo que não reclina), achei o último em uma loja de brinquedos de um shopping, do modelo Voyage. Não lembro exatamente quanto paguei nele, mas foi algo em torno de R$200,00. Para evitar que o nosso carrinho Maris fosse destruído, achei um bom negócio.

Claro que ele não pode ser comparado ao nosso carrinho principal em termos de qualidade. Claramente notamos que a estrutura e os mecanismos do Voyage são muito mais frágeis que os do Maris. A vida útil dele certamente também é muito menor. Além disso, ele não é tão fácil para abrir e fechar como o Maris (que abre e fecha somente apertando um botão), o sistema de freios não é tão bom, não tem sistema de amortecimento, a cadeirinha não vira para os pais, é pior para fazer curvas, etc... Mas o Nícolas adorava usar ele. Inclusive, arrisco dizer que pro Nícolas esse carrinho simples era mais confortável/aconchegante que o Maris - pelo menos para passeios curtos e em dias quentes - pois embora o assento fosse bem menor e mais estreito, ele é bem mais fresquinho (o assento é praticamente só um tecido, e imagino que sentar nele seja similar a sentar em uma rede). Ademais, ele fica bem pequeno quando fechado, e é extremamente leve e prático para ser carregado. Usamos ele bastante durante as nossas férias. 

Depois desse primeiro período na praia, decidi não trazer o carrinho Voyage de volta na viagem. Como na nossa cidade tínhamos o Maris, não iríamos usá-lo durante o ano. E como nas próximas férias iríamos novamente para I(...), decidimos deixar o carrinho guardado no apartamento de praia dos meus pais. Mas então ao longo do ano fui notando algumas situações em que ter esse carrinho pequeno como "estepe" poderia ser útil. Algumas vezes saíamos com a intenção de voltar logo para casa e não levávamos o carrinho, mas no meio do caminho mudávamos de idéia e decidíamos passar no mercado, ir ao shopping ou qualquer outro lugar, e acabávamos tendo que ficar carregando o Nícolas no colo por um bom tempo. Daí pensei que ter o carrinho Voyage sempre no porta-malas (já que ele é bem compacto e ocupa pouco espaço) para essas situações inesperadas, poderia ser útil pra gente.

Então quando fomos pela segunda vez para nossas férias na praia, no final de 2019, usamos novamente o carrinho por lá e na volta o trouxemos. Pouco tempo depois que voltamos começou a pandemia e a quarentena, então paramos de sair à rua com o Nícolas e perdeu o sentido ter o carrinho no porta-malas. Eu o trouxe pra casa, e usamos um pouco como "cadeirinha de descanso" - o Nícolas gostava de ficar sentado nele na varanda do apartamento - mas depois de um tempo encontrei uma pessoa que estava precisando de um carrinho em um grupo de doações que participo no facebook. Era uma moça que passava o dia andando pelas ruas vendendo picolé, levando seu bebê no colo. Como para ela o carrinho seria muito mais útil e necessário do que para nós, resolvi doar.

Talvez agora com o segundo bebê decidamos comprar novamente um carrinho menor e mais simples, para levarmos em alguma viagem ou deixarmos no porta-malas do carro para situações inesperadas, como foi como Nícolas (não vejo a hora dessa pandemia passar e podermos voltar a viajar e passear). De toda forma, não me arrependo de ter doado o nosso carrinho Voyage, mesmo que compremos outro igual em algum momento.
Ser minimalista não se trata de ser sovina, e sim de possuir e fazer o que faz sentido para cada um. Para o nosso padrão de vida faz sentido, sim, guardar o carrinho Maris para um possível segundo/terceiro/quarto filho, pois o valor dele não é indiferente para nosso orçamento familiar. Mas não faria sentido guardar um carrinho do preço do Voyage sem termos realmente certeza se/quando seria utilizado novamente, sabendo que ele poderia estar sendo mais útil para outra pessoa. Então nos livramos de um objeto que estava ocupando um espaço relativamente considerável no nosso apartamento, e ajudamos alguém que estava precisando dele muito mais que nós. Ganho duplo. :)



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