terça-feira, 9 de junho de 2020

Sling


Quando estava grávida, me imaginava aquelas mães slingueiras, que andam pra cima e pra baixo com a cria presa ao corpo, enrolada em panos super fashions. Acho lindo demais! Cheguei até mesmo cogitar não comprar carrinho de bebê, e acabei só comprando porque na época eu estava morando no exterior (Bogotá), e lá um carrinho de qualidade era muito mais barato que no Brasil. Mas eu realmente achava que o carrinho iria acabar ficando encostado em um canto, e já estava até mesmo planejando revendê-lo praticamente sem uso pelo mesmo preço que compramos (o que já seria bem abaixo do preço normalmente encontrado no Brasil). Acreditava piamente que o meio principal de locomoção do Nícolas seriam os slings. Então comprei um sling pouch usado na OLX, de estampa jeans, e ganhei um tipo wrap verde-água, da minha amiga Tamie, que ela havia usado com o bebê dela. Também comprei um canguru ergonômico (esses tipo mochila) na Colômbia.

Mas a verdade é que usei muito menos meus paninhos do que eu gostaria. Geralmente quando eu tentava colocar o Nícolas no carregador, ele chorava muito. Eu imaginava sempre que era por causa do calor, e talvez esse fosse realmente um fator relevante, pois as poucas vezes que eu consegui usar o sling foram justamente em dias frios.
Mas de toda forma, por volta de 1 ano após o nascimento do Nícolas eu entrei em um grupo de mães e pai (havia somente um homem no grupo, que entrou depois de mim e que por coincidência era um ex-colega meu de faculdade) sobre sling. E nesse grupo aprendi muuuuita coisa sobre a arte de carregar bebês em panos. Não é somente enrolar o bebê de qualquer jeito e sair. Tem tecidos diferentes, diversas amarrações (algumas mais frescas, outras mais quentes), maneira correta de posicionar o bebê, de forma a ficar confortável tanto para quem carrega quanto para quem é carregado. Então descobri que eu sempre usei o sling da maneira errada. Talvez esse também tenha sido outro fator para o Nícolas chorar tanto quando eu tentava usar; o sling não ficava confortável para ele. Inclusive, descobri que uma das formas que às vezes eu colocava o Nícolas no meu pouch sling quando ele era mais novinho (deitado), era muito perigosa e poderia ter causado sufocamento nele. Ainda bem que nada de pior aconteceu!!

Depois que descobri tudo isso, usei algumas vezes meu pouch sling, mas agora da maneira correta (Nícolas posicionado de maneira confortável, sentadinho na lateral do meu corpo com as perninhas bem abertas em forma de M), e ele aceitou muito mais. Mas aí ele já estava na fase de querer caminhar, então já não queria mais ficar muito tempo no sling: o chão era mais interessante. 
A mochila-canguru, usamos das vezes que andamos de bicicleta. Quando iniciamos o passeio, o Nícolas vai na cadeirinha posta na minha bicicleta. Mas como ele sempre acaba dormindo durante o passeio, termina sempre no canguru, amarrado nas costas do pai. Agora ela já está pequena pra ele (também descobri isso no grupo de mães e pai slingueiros), então estou pensando se vale a pena comprar uma maior, para quando a quarentena acabar e voltarmos a passear de bicicleta...

O sonho de ser uma mãe slingueira não se concretizou com o Nícolas, mas se pintar um bebê número 2, vou me preparar, estudar e treinar muito as formas de carregar, pra daí sim andar com a cria pendurada exibindo meus panos exuberantes por aí...

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