domingo, 28 de junho de 2020

Adeus (novamente), Matilda...

Depois de ser mandada para a casa de nosso amigo e ser expulsa de lá, Matilda voltou pra nossa casa. Nos primeiros dias após o retorno, ela ficou realmente mais "boazinha" (volta o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu osso roído e com o rabo entre as patas), como se soubesse que fez besteira e estava tentando se redimir. Pensei que talvez as três semanas fora pudessem ter surtido algum efeito, e ela agora fosse mudar seu comportamento. Mas, infelizmente, os motivos que nos fizeram mandá-la embora da primeira vez, continuaram existindo. Ela não chegou a atacar o Nícolas ou a Mafalda, mas por mais de uma vez eu tive que separá-las, percebendo que havia um ataque iminente em transcurso, pelo mesmo motivo do episódio anterior: Matilda se incomodou com alguma atitude ou simplesmente com a presença do Nícolas, e voltou sua agressividade contra a Mafalda.
Então decidimos que realmente não poderíamos mantê-la em nossa casa, como uma bomba relógio prestes a explodir. Entrei em contato com uma pessoa que cuidava delas quando eu morava em outra cidade, e as amava, para ver se ela se interessava por ficar com a Matilda (se ela quisesse, eu pagaria todas as custas da viagem, já que saberia que lá ela seria muito amada e muito bem cuidada), mas eu já imaginava que a resposta seria negativa, pois essa pessoa também está com uma filha bebezinha...
Então, com dor no coração, fiz um anúncio e mandei para algumas pessoas, pedindo que espalhassem em grupos do whatsapp, procurando um novo lar para a Matilda.
Poucos dias depois, uma pessoa apareceu interessada. Era uma mulher que disse que adorava cachorros, mas eu não me senti muito segura... Ela ficou sabendo que eu estava doando a Matilda porque viu em um grupo que uma cunhada de uma prima minha também participa, mas nem minha prima nem a cunhada dela conheciam essa pessoa... Fiquei muito receosa de entregar a Matilda, e a pessoa não estar bem intencionada... Mas com a relativa urgência que tínhamos em resolver a situação, tentei inventar alguma forma de garantir que essa pessoa cuidaria bem dela (entrei em contato com uma conhecida minha que ajuda a encontrar adotantes para cães de abrigos, para saber qual procedimento "seguro" eles fazem para escolher as famílias para doar). Pensei em solicitar cópia do RG e Comprovante de Residência, além de exigir a assinatura de um "Contrato", onde a pessoa se comprometeria a cuidar bem, a manter contato comigo, e a me devolver a cachorra caso houvesse desistência, impossibilitando-a de doar ou vender a terceiros. 


Mas, antes que eu chegasse a mencionar esse trâmite  pra pessoa interessada, uma muito feliz coincidência aconteceu: Minha tia e madrinha, que AMA animais em geral (e mais ainda cachorros), ficou disponível para tutelá-la!
Nem tinha me passado pela cabeça oferecer a Matilda para essa minha tia, porque até então ela morava em um apartamento bem pequeno com seu marido, sua filha (minha prima) e seus dois netos, sendo a neta mais nova (minha afilhada) da mesma idade do Nícolas. Imaginei que, uma vez que a Matilda estava representando um perigo para o Nícolas, também representaria um perigo para minha afilhadinha. Mas minha prima resolveu se mudar com os filhos para um outro apartamento, e minha tia então iria ficar sozinha com seu marido. Ela estava, inclusive, triste com essa decisão da filha dela, sentindo já de antemão a "síndrome do ninho vazio" (única filha e únicos dois netos saindo de casa de uma vez só). 
Assim que fiquei sabendo disso, meu primeiro pensamento foi perguntar pra minha tia se ela queria ficar com a Matilda. E pra minha grande felicidade, ela adorou a ideia!!!

Minha prima se mudou na sexta-feira com seus filhos para sua nova casa, e já no sábado mesmo (ontem) eu levei a Matilda pra casa da minha tia. Ela foi muito bem recebida!!! Já passeou bastante, comeu frango, pão, queijo, mortadela... rsrsrs
Minha tia está tratando ela como uma bebezinha mimada, bem do jeitinho que ela adora ser tratada!!!
A princípio combinei com a minha tia que ela ficará com a Matilda somente até que a creche do Nícolas reabra (pois quando a creche reabrir, o risco de ataques ao Nícolas diminuiria bastante). Mas quando isso acontecer, se ela estiver gostando da nova "filhinha" e quiser continuar com a Matilda por lá, não vou me opor de forma alguma.
Provavelmente a Matilda vai passar alguns dias meio tristinha e com saudades nossa, mas tenho certeza absoluta que daqui a bem pouco tempo ela vai estar bem mais feliz do que estava lá em casa, já que agora ela virou o centro das atenções da nova família, sem ter que disputar carinho e atenção com um bebê humano. E eu também não poderia estar mais feliz com o desfecho que essa história teve!!

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