sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
Sobre "Sonhos de Não-Consumo" 1: Poltrona e almofada de amamentação
Seguindo a lógica do minimalismo, sempre foi meu desejo fugir das listas de enxoval de bebê enormes e cheias de itens desnecessários e apresentados como indispensáveis pros futuros pais (que muitas vezes acabam gastando o dinheiro que não tem para comprar coisas que nunca irão utilizar). Por isso criei minha própria lista, com coisas que normalmente aparecem em listas prontas de enxovais de bebês mas que eu não queria ter.
Mas não era (e ainda não é) minha intenção me manter engessada em nenhum tipo de decisão, então caso algum dos itens que eu listei se mostrassem necessários ou úteis pra mim, eu não teria problema nenhum em adquirí-los. Foi o que aconteceu com os itens "poltrona de amamentação" e "almofada de amamentação".
Eu realmente acreditava que esses itens eram desnecessários, e nos 15 primeiros dias de vida do Nícolas fiquei alternando entre o sofá e a minha cama para amamentá-lo. Acontece que bebês recém-nascidos são muito molinhos, nem sempre tem a pega correta, e os mamilos da mãe ainda estão muito sensíveis. Assim sendo, é bem importante manter o bebê em uma posição completamente horizontal em relação à mãe, barriga colada com barriga, na hora de amamentar. E pra mantê-lo nessa posição sem um apoio, eu acabei fazendo força demais nos meus pulsos que, por fim, acabaram se lesionando. Não sei exatamente que tipo de lesão sofri (porque na loucura dos primeiros meses cuidando de um bebê, não tive tempo de ir a um ortopedista), mas ainda hoje meus pulsos doem, apesar de bem menos que há alguns meses (quando eu não aguentava nem que alguém tocasse neles).
Com 15 dias de vida do Nícolas fomos em um estúdio fazer fotos para o registro fotográfico de recém nascido, e na hora de amamentá-lo me sentei em uma poltrona de amamentação e usei uma almofada de amamentação disponíveis lá. E percebi a enorme diferença nos meus pulsos, que não ficaram tensionados. Naquele mesmo dia pedi pro meu marido comprar uma almofada para mim. Coincidentemente uma prima minha estava de mudança e não teria espaço na sua nova casa para a cadeira de balanço que foi de nossa avó, então eu trouxe a cadeira para minha casa e virou minha poltrona de amamentação.
Além de poupar meus pulsos, também foi muito bom ter a poltrona e a almofada, por motivo de segurança. Como a almofada ficava bem presa nos braços da poltrona, o Nícolas estava seguro contra quedas, mesmo com meus braços relaxados, caso eu acabasse pegando no sono enquanto amamentava (o que aconteceu algumas vezes).
Mas, diferente do que as lojas dizem, não há necessidade que essa poltrona seja caríssima, elegante e combinando com os tons do quarto do bebê (apesar que se os pais tiverem vontade e condições para fazê-lo, também não há nada de errado nisso). Basta que seja uma cadeira não muito larga, com apoio para os braços, de forma que a mãe consiga apoiar ambos os cotovelos e consiga posicionar o bebê na horizontal com a boca na altura do seio. Se a poltrona tiver altura suficiente para apoiar a cabeça, melhor ainda. O mais importante é que seja confortável para a mãe, que irá passar horas durante as madrugadas sentada com seu bebê nos braços.
A verdade é que usei a poltrona e almofada de amamentação por bem pouco tempo. Não lembro exatamente quando, mas entre 2 e 3 meses do Nícolas eu comecei a amamentá-lo no sofá durante o dia e na minha cama durante a noite (ótimo porque assim eu nem preciso mais levantar de madrugada). Por ele estar mais firme, maior e com a pega do seio correta, já não havia mais necessidade de permanecer na posição horizontal perfeita durante as mamadas. Agora conseguimos amamentar/mamar em qualquer posição. Mas mesmo com bem pouco tempo de uso, pra mim foi bastante importante tê-los, e em uma futura gestação eu certamente colocaria esses itens na minha lista de enxoval e usaria desde o primeiro dia.
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