sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
Registro Fotográfico de Recém-Nascido
Eu tenho certa birra com "coisas que todas as pessoas fazem porque todas as pessoas fazem". Não gosto de me sentir manipulada e impelida a fazer algo, e é assim que eu me sinto quando alguém me diz que eu tenho que fazer algo porque todos fazem. E na maternidade isso acontece demais. Aproveitando da insegurança dos pais, que não querem deixar faltar nada pro seu bebê, surgem os mais variados tipos de produtos e serviços que "os pais TEM que ter" para seus pimpolhos.
Ensaios fotográficos são um desses serviços. Apesar de eu amar ver fotos e admitir que realmente existem diferenças entre fotos profissionais e amadoras, me incomoda muito o fato de que virou quase que uma obrigação determinados registros fotográficos. Por isso eu não quis fazer fotos profissionais de grávida (apesar que fiz um "ensaio amador", com minha irmã batendo fotos com o celular, e amei o resultado).
Mas mesmo com toda essa minha birra, o registro fotográfico de recém-nascido (ou ensaio New Born, como alguns preferem chamar) era algo que eu sempre tive em mente que, caso tivesse um filho, eu faria. Eu acho bebês recém-nascidos simplesmente encantadores!! Apesar de a maioria das pessoas achar bebês rechonchudos e risonhos (no auge de seus 6 meses) os mais fofos, eu vou na contramão, e acho os recém-nascidos enrugados, magrelos, com a cara amassada e minúsculos, a coisa mais linda!! E sou apaixonada por fotos desses serezinhos dormindo nas mais diversas posições, desde a primeira vez que vi.
Assim, por volta dos seus 15 dias de vida, o Nícolas pousou para as câmeras em grande estilo.
Na realidade, fomos dois dias ao estúdio, pois no primeiro dia ele não parou de chorar, e a fotógrafa não conseguiu tirar NENHUMA foto. Apesar de no contrato ela se isentar de responsabilidade no caso de o bebê não se comportar como o esperado (isso é, abrir o berreiro do início ao fim), ela foi bastante legal conosco, e nos deixou voltar no dia seguinte sem custo adicional. No segundo dia ele ainda não colaborou muito, mas nos últimos 15 minutos acabou dormindo, e conseguimos algumas fotos bem legais (apesar de não conseguirmos fazer poses muito diferentes). Suspeito que a culpa do mau-humor dele foi a temperatura do estúdio, mantida em 27 graus. Apesar de eu dizer para a fotógrafa que ele era calorento e solicitar que baixasse mais a temperatura, ela não acreditou, e o Nícolas ficou bem irritado com isso. Mas as fotos ficaram boas, e vai ser legal guardar o registro dessa carinha emburrada também
Acredito que o maior ensinamento e utilidade do minimalismo está aí: se questionar sobre seus desejos (de objetos, serviços, experiências, etc) e perceber se eles são genuínos ou imposição de uma sociedade cada dia mais consumista.
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