terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Introdução Alimentar



Eu estou assustada de como tudo está passando tão rápido... Parece que ontem eu estava grávida, e agora já estamos iniciando a Introdução Alimentar do Nícolas...
Até aqui fizemos aleitamento materno exclusivo, em livre demanda. Nícolas nunca tomou fórmula e nunca usou nenhum tipo de bico artificial (nem mamadeira e nem chupeta). Tivemos um pouco de dificuldade no início, porque ele tinha a pega um pouquinho errada e me feriu bastante, o que acabou culminando em uma mastite (falei disso aqui). Mas depois de alguns ajustes passamos a fazer a amamentação lindamente, e eu amo esses momentos tão únicos nossos. Eu pretendia esperar até os 6 meses completos para introduzir outros alimentos, mas como aos 6 meses e meio ele irá iniciar na creche, achei por bem (e com a concordância da pediatra dele) adiantar em duas semanas a introdução de novos alimentos, para que a alimentação já esteja bem estabelecida e a ida pra creche seja o menos traumático possível. Então iniciamos oficialmente no dia 22/02 (com então 5 meses e meio) a introdução alimentar do Nícolas.
Até agora ele já provou manga, banana, laranja, maçã, pêra, abóbora, beterraba, cenoura, purê de batata baroa, e parece ter gostado de tudo, apesar de não ter comido uma grande quantidade de nada, como esperado. A fase agora é de curiosidade e experimentação de novas sensações, e o leite materno continua sendo a principal fonte de nutrientes para ele, oferecido sempre em livre demanda.

Eu li bastante e queria (e ainda quero) seguir pelo método BLW, mas acho que talvez ele ainda não tenha maturidade e coordenação suficientes para pegar os alimentos com as mãozinhas, então algumas vezes nós que acabamos pegando o alimento e levando até a boca dele. Estamos na verdade fazendo uma mescla de tudo, e principalmente nos guiando pela nossa intuição e pelos sinais que ele dá. Deixamos os pedaços (conforme prevê o método BLW) à disposição dele e ele tenta pegar e levar à boca; caso ele não consiga e comece a se irritar, aí ajudamos, segurando o alimento, e ele segura nossa mão e a conduz até a boca dele. Sobre a quantidade, sempre respeitamos a vontade dele, nunca insistindo ou forçando para que coma mais do que ele quer.
Mas também meu marido já deu maçã raspadinha de colher na boquinha dele (bem à "moda antiga") e ele gostou bastante. Estamos fazendo o que acreditamos ser o melhor em cada momento, mas sem nos prendermos muito a regras. Acredito que assim as coisas ficam mais leves, e acabam fluindo melhor.

Não sei ainda como será quando iniciar a creche; como ele vai ficar em período integral (infelizmente no meu emprego não posso pedir redução de carga horária - o que seria um sonho para mim), as quatro refeições serão feitas lá durante a semana. Na creche que escolhemos, eles fazem o que chamam de "BLW participativo": permitem que as crianças manipulem os pedaços de frutas, mas "ajudam" no consumo das refeições salgadas, que são ofertadas em forma de papinha, mas já me disseram que se eu quiser que Nícolas se alimente exclusivamente pelo método BLW, eles irão acatar. Daí vai depender de como ele irá progredir nesse mês em casa. Se ele conseguir se alimentar de maneira satisfatória sozinho, vou fazer essa solicitação à creche. Mas se ainda não estiver muito seguro, daí vamos seguir com esse método "participativo".
O mais importante, ao meu ver, não é seguir essas ou aquelas regras, e sim desenvolver a sensibilidade de ver o que a criança quer e é capaz de fazer, e atendê-la da forma mais gentil possível.

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