quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Amamentação em Tandem


Eu estava vendo as postagens mais antigas que fiz aqui no blog, e por acaso encontrei essa, de 6 meses atrás, em que eu estava achando que o Nícolas talvez tivesse desmamado... Não pude deixar de rir e pensar "inocente, não sabe de nada"... rsrsrsrs... Isso porque agora, seis meses depois, Nícolas ainda está firme e forte mamando como um bezerrinho, e não parece estar nem um pouco interessado em parar...

Na realidade, acredito que se eu tivesse forçado só um pouquinho, ele teria desmamado sem muito esforço ou sofrimento naquela época, no final da gestação do Vinícius. Mas eu estava receosa de ele sofrer com a chegada do irmãozinho, e deixei a oportunidade passar. Depois que o Vinícius nasceu, Nícolas voltou a mamar muito. Acho que em partes por algum ciuminho que ele sente ao ver o neném mamando, e em partes porque o leite deixou de ser aquele colostro aguado e voltou a ser gostoso.  E aí agora estou fazendo amamentação em tandem (eu nem conhecia esse termo até pouco tempo atrás, mas significa amamentar dois filhos com idades diferentes - não gêmeos)

Em alguns momentos me arrependo por não ter desmamado o Nícolas quando surgiu a oportunidade, principalmente nos momentos de crise. A maior dificuldade aqui é quando Nícolas está com sono, querendo mamar para dormir, e o Vinícius também quer mamar. A regra é dar sempre prioridade pro Vinícius, já que ele ainda mama exclusivamente, então depende do leite materno pra matar sua sede e fome.  Mas nem sempre o Nícolas entende isso, ainda mais quando ele já está mamando, quase pegando no sono, e precisa interromper para dar a vez pro Vinícius... Quando isso acontece, Nícolas acaba ficando bravo e chorando alto, e de dois bebês sonolentos quase dormindo passamos a dois bebês agitados e furiosos... 

Mas em outros momentos, acho ótimo que Nícolas ainda mame, principalmente quando ele está doentinho. Ele teve duas doenças de criança (rotavírus e mão-pé-boca) com menos de um mês de intervalo entre elas. Em ambas as vezes ele ficou enjoadinho e perdeu o apetite. Estar mamando me dá tranquilidade que ele não vai desidratar, e que está razoavelmente alimentado. E também, das duas vezes, mesmo convivendo com o Nícolas (é impossível para nós isolarmos um do outro), Vinícius não pegou as doenças. Minha teoria é que, assim que Nícolas ficou doente, meu organismo já começou a fabricar anticorpos e jogar no meu leite, para ajudá-lo a se curar (é comprovado que o leite da mãe se enche de anticorpos quando o bebê adoece). Ao mamar do mesmo leite, Vinícius já ficou com os anticorpos em seu organismo antes mesmo de entrar em contato com o vírus, e quando isso aconteceu, seu organismo já combateu os agentes patológicos antes de desenvolver a doença. Acho que faz bastante sentido.

Agora então seguimos assim: Vinícius em aleitamento materno exclusivo e Nícolas mamando quando acorda e quando vai dormir (e em alguns outros períodos aleatórios, quando estamos em casa). Pro Vinícius, não tenho pressa nenhuma que ocorra o desmame. Ao contrário, pretendo mantê-lo em aleitamento pelo menos até os dois anos de idade. Já pro Nícolas, estou convencida que não vou deixar passar a próxima oportunidade de desmamá-lo. Talvez seja no natal, quando meus sogros estarão aqui, e ele e o pai vão ficar dormindo sozinhos no quartinho dele. Veremos...

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