segunda-feira, 5 de outubro de 2020

A mão invisível do mercado não perdoa - fraldas de pano

Além do grupo de whatsapp sobre slings, também entrei em um grupo de whatsapp cujo tema principal era Fraldas de Pano. Várias pessoas que participavam de um grupo também participavam do outro (inclusive os nomes dos grupos eram bem parecidos e tinham várias administradoras em comum - imagino que devem ter sido criados pela mesma pessoa). E, assim como no primeiro grupo, esse também servia como espaço para compra/venda/rifa/troca de fraldas, além de troca de informações sobre o uso das fraldas. E também assim como aconteceu no grupo de slings, me surpreendi com o consumismo que encontrei nesse grupo. 

Normalmente as maiores motivações para alguém usar fraldas de pano no lugar de descartáveis são a questão ambiental e a questão econômica. Claro que a quantidade de fraldas a serem adquiridas varia bastante a cada família, dependendo de fatores como rotina para lavar as fraldas, demanda do bebê, e até mesmo dos recursos financeiros dos cuidadores, já que as fraldas não são baratas. Então me parecia um tanto quanto sem propósito algumas pessoas no grupo que relatavam ter dezenas e dezenas de fraldas, algumas nunca usadas ou usadas apenas poucas vezes, e mesmo assim continuarem comprando novas fraldas porque "não conseguiam resistir a essa nova estampa maravilhosa da marca 'tal' "...

Esse comportamento consumista compulsivo me causa muita estranheza, principalmente quando relacionado a um produto que, na sua concepção, serve justamente para ir na contramão do consumismo, como são naturalmente os produtos que trazem como proposta a reutilização em lugar do descarte...

Fico meio triste quando vejo como o consumismo consegue alcançar todos os espaços, até mesmo aqueles que foram criados para resistir a ele... Mas por outro lado, fico feliz e até mesmo orgulhosa de mim mesma, por ter esse senso crítico e essa clareza em perceber e não me deixar levar por essas "armadilhas". Tenho bastante claro comigo que sempre vai existir algo melhor/mais bonito/mais moderno do que o que eu possuo, sejam fraldas, roupas, bolsas, eletrônicos, carro, etc... Então o melhor a se fazer é, independente do que mais existir, aprender a se contentar e ser feliz com o que se tem ao invés de entrar nessa corrida louca e sem fim de querer sempre o "novo lançamento". Foco no minimalismo!

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