Se tem uma dica que eu acho super válida para quem vai ter seu primeiro filho, é: Não compre brinquedos!! As lojas apresentam mil e uma variedades de brinquedos de todos os formatos, todas as cores, todos os materiais e todos os gostos. A tentação de sair comprando vários brinquedinhos para alegrar a vida do futuro bebê é enorme e é difícil resistir a tanta fofura junta. Mas vale a pena ser forte e posso citar alguns motivos pra isso:
Primeiro, assim que nasce o bebê não vai se interessar por brinquedo nenhum. Um bebezinho RN não se fixa em nada. Quando ele começar a se fixar, a primeira coisa que vai chamar a atenção dele (seu primeiro brinquedo) serão os rostos dos cuidadores e as próprias mãozinhas. Demora um bocado até que ele comece a se interessar por explorar objetos, e quando isso acontecer, provavelmente os objetos pelos quais ele vai se interessar serão os mais inusitados possíveis: controle remoto, tampas variadas, colher de pau, chaves, armação de óculos... Possivelmente ele não vai dar muita atenção para aqueles brinquedos super fofos que foram comprados por um preço absurdo; ao invés disso, vai querer mexer nos itens comuns da casa.
Segundo, possivelmente o bebê vá ganhar muitos brinquedos de presente. Parentes, amigos e até mesmo colegas não muito próximos sempre acabam dando presentinhos por ocasião do nascimento do bebê. Somente com os brinquedos recebidos a título de presente, o bebê já vai possuir um enorme "arsenal" para brincar e se distrair.
Terceiro, à medida que cresce o bebê vai demonstrando seu interesse em determinadas atividades. Uma ótima ideia é deixar para adquirir brinquedos/objetos de acordo com as demandas da criança.
E por último, assim como nós muitas vezes nos sentimos agoniados em um ambiente abarrotado de coisas e não conseguimos nem raciocinar direito, um bebê/criança também se sente assim (e talvez até mais, por serem mais sensíveis). Um ambiente carregado de itens de decoração, enfeites e até mesmo brinquedos, vai deixar a criança irritada e com dificuldade de se concentrar.
Desde que soube que estava grávida, tentei me focar em comprar somente o essencial pro meu bebê, fazendo um enxoval minimalista. Mesmo assim, quando nasceu ele já tinha relativamente muitos brinquedos. Da minha parte, comprei somente uma naninha em formato de coelhinho enquanto grávida, que o Nícolas nunca deu bola, e uma almofada grande em formato de elefante que serve para apoiar o bebê, antes que ele aprenda a sentar. Eu tinha também um boneco que era meu xodó desde os meus 10 ou 11 anos de idade chamado Robson e um Stitch de pelúcia que uma amiga me presenteou, e dei ambos para ele. Meu marido comprou uma almofada em forma de ursinho e um fantoche em forma de pássaro, bem colorido. Ganhamos ainda alguns brinquedos usados de uma amiga da minha irmã e de uma prima, e muitos de presente (a maioria da minha irmã, que não resistia ao entrar em loja de criança, e sempre comprava alguma coisa pro futuro sobrinho).
E mesmo com todos esses brinquedos, assim que começou a se interessar por objetos, o brinquedo preferido dele era um "chocalho" que eu fiz usando uma tampa medidora de sabão líquido, duas tampas pequenas de embalagem longa-vida e uma tampa de anti-acido. Era esse objeto que o distraía quando íamos trocar fralda, quando o colocávamos na cadeirinha do carro, e em qualquer outra situação. Ele até mesmo dormia segurando esse "chocalho". Depois de um tempo, ele perdeu o interesse nesse brinquedo, mas há pouco tempo atrás, ele desmontou e descobriu que quando se mergulha somente a tampa medidora de sabão (a tampa maior, transparente) na água, saem bolhas barulhentas. Então agora a tampa voltou a ser um brinquedo querido, que ele sempre explora e se diverte durante o banho.
Depois desse "brinquedo", tivemos outros "brinquedos desconstruídos" preferidos: tampas plásticas variadas, a concha do feijão, colher de pau, controle remoto velho, e vários outros...
Também tivemos fases de "brinquedos normais" preferidos, como o Stitch de pelúcia (ele chama de "Titi") que ele amou durante muito tempo e ficava abraçado fazendo carinho o tempo todo; livrinhos variados; dois carrinhos que eu e meu marido compramos pra ele quando notamos seu interesse em segurar objetos na mão e arrastar pelas superfícies; um ventilador portátil que carrega por USB que meu pai deu pra ele em uma época que ele estava fascinado por ventiladores (não é propriamente um brinquedo, é um ventilador pequenininho pessoal para se colocar em cima da mesa do escritório, mas pro Nícolas era um brinquedo); um ukulelê que meus pais deram para ele de aniversário por saberem que ele era encantado pelo violão que as professoras de musicalização da creche tocavam (também não é um brinquedo propriamente dito, mas virou para ele). Atualmente ele está louco por uns dinossauros de borracha que minha irmã deu pra ele, um pintinho de dar corda que ele ganhou em uma festinha de aniversário, e uma vaquinha que "desmaia", que ganhou do meu pai.
Mas mesmo eu tendo a preocupação de que ele não tenha brinquedos em excesso, ainda assim acho que ele tem mais do que eu considero necessário e até mesmo saudável. Por mim, eu já teria doado grande parte dos brinquedos, mas meu marido tem pena de doar, "porque o Nícolas gosta". Até hoje, consegui doar alguns poucos, que eu convenci meu marido que o Nícolas nunca brincou e provavelmente nunca iria brincar. Mas a grande maioria continua lá.
O que eu faço, então, é revezar os brinquedos. Tenho uma caixa de plástico grande, que eu chamo de "caixa do futuro", onde guardo os brinquedos que ele ganhou mas ainda não tem idade para brincar (com peças pequenas), e também guardo vários brinquedos que já são pra idade dele, mas que não quero deixar à vista. De tempos em tempos, verifico quais são os brinquedos que não tem mais chamado a atenção dele, guardo na caixa e substituo por algum brinquedo que estava na caixa. Dessa forma, tento manter às vistas e ao alcance dele somente poucos brinquedos que ele apresenta interesse no momento. A única exceção são os livros, que ficam todos em uma caixa/cesta aberta no chão do quarto dele, pois ele não tem tantos assim (deve ter entre 10 e 20), e livros nunca são demais.
O que eu faço, então, é revezar os brinquedos. Tenho uma caixa de plástico grande, que eu chamo de "caixa do futuro", onde guardo os brinquedos que ele ganhou mas ainda não tem idade para brincar (com peças pequenas), e também guardo vários brinquedos que já são pra idade dele, mas que não quero deixar à vista. De tempos em tempos, verifico quais são os brinquedos que não tem mais chamado a atenção dele, guardo na caixa e substituo por algum brinquedo que estava na caixa. Dessa forma, tento manter às vistas e ao alcance dele somente poucos brinquedos que ele apresenta interesse no momento. A única exceção são os livros, que ficam todos em uma caixa/cesta aberta no chão do quarto dele, pois ele não tem tantos assim (deve ter entre 10 e 20), e livros nunca são demais.
Dessa forma, ele não fica com o quarto poluído com tantos brinquedos que ele nem se interessa, consegue se concentrar mais nas brincadeiras e atividades que está fazendo, e não precisamos estar sempre comprando brinquedos novos para despertar seu interesse, pois depois de um tempo guardado na "caixa do futuro", quando um brinquedo reaparece no seu quarto, é encarado como uma novidade por ele.
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