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Não estava nos planos termos um terceiro filho agora, mas eu sempre falei que gostaria, sim, de ter mais um bebê. Acredito que 3 seja o número do equilíbrio (quando 2 se desentendem, existe um terceiro pra atestar quem está com a razão... rsrsrs)
Então, mesmo não estando "tentando", entre final de novembro e início de dezembro de 2024 eu acabei engravidando novamente. No dia 23 de dezembro fiz um exame de farmácia (positivo) e logo após fomos na emergência de um hospital fazer a primeira ultrassonografia, pra verificar se estava tudo como deveria. Na ultra foi possível ver um saco amniótico vazio posicionado corretamente dentro do útero. Como não foi possível ver nenhum embrião, a médica solicitou que voltássemos dentro de 10 dias, e determinou que a gestação deveria estar entre 4 e 5 semanas.
Esse "saco vazio" não nos assustou, pois quando descobrimos a gravidez do Vinícius, aconteceu exatamente o mesmo. Como já estávamos com viagem de férias marcadas, fomos e deixamos para repetir o exame na volta. Mas durante esses 20 dias de viagem os sintomas de gravidez foram aumentando - enjôos, gases, cansaço, e até mesmo comecei a sentir minha barriga maior - então presumi que tudo estava correndo como deveria.
O susto e inseguranças de "como vamos dar conta de 3 crianças?" foram sendo substituídos por alegria e eu já imaginava como os meninos ficariam felizes com um bebezinho em casa - ambos amam neném, e às vezes me pedem um irmãozinho. Também começamos a pensar nas questões logísticas: trocar o carro por um maior para caber 3 cadeirinhas no banco de trás e comprar um segundo carro, menor, já que teríamos necessariamente que levar as crianças em escolas diferentes (a atual só aceita crianças a partir de 2 anos). Também comecei a organizar tudo de bebê que tínhamos em casa e cheguei até mesmo a comprar algumas roupas de gestante.
E aí quando voltamos de viagem fomos repetir a ultrassonografia, 22 dias após a primeira, em 15 de janeiro. A essa altura já era pra vermos um mini bebezinho, com coraçãozinho batendo. Mas não aconteceu. O saco amniótico não estava mais vazio - havia uma "massa" dentro dele - mas não foi possível verificar nenhum batimento cardíaco. Acredito que somente esse exame, somado ao anterior, já seria decisivo para afirmar que o embrião não se desenvolveu, mas como eu não consegui encontrar o primeiro exame (no meio dessa confusão toda, ainda estávamos de mudança), a médica solicitou uma nova ultrassonografia para ser feita entre 10 e 15 dias. No dia 27 de janeiro repetimos mais uma vez o exame, e foi então atestado óbito embrionário, já que ele não havia evoluído nada nesses 12 dias.
Ontem eu fiz o procedimento de aspiração uterina para retirada de todo material. Poderia esperar expulsão natural, mas preferi passar por esse processo e encerrar logo o ciclo - principalmente porque os sintomas persistentes de gravidez estavam me incomodando demais. Não fiquei feliz com o desfecho, claro, mas não posso dizer que estou em um luto inconsolável como vejo algumas pessoas que passam por essa situação - olho pros meus dois meninos e já me sinto abençoada o suficiente.
Conforme atestado nos exames, seu desenvolvimento foi até 6 semanas e 3 dias. Não sei se seu coraçãozinho chegou a bater algum dia e depois parou, ou se nunca bateu. De toda forma, ele(a) teve 31 dias de vida dentro do meu útero (exatamente 1 mês). Por 1 mês eu fui mãe de 3 crianças. Espero que ele(a) tenha se sentido amado(a) durante esse tempo. Nossa família teria se alegrado muito com a sua chegada.
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