segunda-feira, 8 de abril de 2019

Mais sobre a Introdução Alimentar



Nesse post eu falei sobre o início da introdução alimentar do Nícolas. Falei também sobre as vantagens e os motivos que me fizeram optar por fazer a introdução alimentar BLW.
Pois bem, acabou que tivemos que abrir mão do método BLW, e a introdução alimentar do Nícolas está sendo um "BLW participativo", mas que se assemelha bastante ao método tradicional (papinha).
Bem, isso aconteceu porque ele teve que ir pra creche um mês antes do esperado. No meu planejamento, eu iria emendar os 6 meses de licença maternidade com mais 1 mês de férias. Dessa forma, eu teria 6 semanas para acostumar o Nícolas ao método BLW, e, caso ele estivesse bem seguro (eu imaginei que estaria), eu somente pediria à creche para oferecer a alimentação dele seguindo este método - frutas e legumes cortados em pedaços grandes, que ele mesmo pudesse segurar e comer sozinho. Mas com ele teve que ir para a creche antes do esperado, ainda não estava muito seguro em se alimentar dessa forma. Na realidade, as refeições que fizemos em casa até então eram mais uma brincadeira do que realmente uma forma de se alimentar, como deve mesmo ser esse primeiro contato com a comida. Ele levava à boca, sentia o gosto, a consistência, mas grande parte acabava indo pro chão. Após a "refeição" ele sempre mamava, pois obviamente não se sentia saciado com a pouca quantidade que acabava ingerindo.
A creche até se colocou à disposição pra dar continuidade à introdução alimentar BLW, mas como essa não é a forma padrão que eles fazem com todas as crianças (até porque BLW exige muito tempo, muita atenção e paciência, e seria muito difícil fazer isso com várias crianças ao mesmo tempo), preferi que ele seguisse a forma que a creche está acostumada a fazer, que é o que eles chamam de "BLW participativo": as frutas são oferecidas em pedaços, e as crianças podem manuseá-las, mas o restante da comida (grãos, leguminosas, verduras e legumes) são servido amassadinhos, com a cuidadora dando na boca da criança (como no método tradicional). Mas algo que eu disse que não queria que fizessem, e que me garantiram que lá eles não fazem com nenhuma criança, é ficar forçando a comer "só mais um pouquinho" quando a criança sinaliza que não quer mais. Esse, pra mim, é o ponto principal do BLW: deixar que a criança aprenda a sentir quando está saciada, e não persuadí-la a comer além deste ponto. E assim está sendo feito com o Nícolas, mesmo que ele não esteja levando os alimentos à boca sozinho.
Ele faz quatro refeições na creche (um lanche de manhã e um de tarde, que são sempre frutas, o almoço e o jantar) e no meu intervalo do almoço eu vou lá e o amamento (nesse período ele não mama muito, porque está com a barriguinha cheia do almoço, mas nos encontrarmos nesse horário deixa nosso dia mais feliz - o meu e o dele). Nos fins de semana ele quase não tem comido nada, só mamado. Como passamos a semana toda longe e ele mama pouco durante o dia, acaba só querendo mamar no fim de semana. Como o leite materno é a principal fonte nutricional até um ano de idade, eu tenho considerado esse hábito saudável, e não estou lutando contra isso. De repente quando ele estiver mais perto de fazer 1 aninho, daí podemos tentar que ele coma pelo menos as refeições principais (almoço e jantar) nos fins de semana, e deixe o peito somente para os "lanchinhos".
Estamos levando tudo da forma mais tranquila e natural possível, com o mínimo de imposições, e com muita empatia e amor. Acredito que está sendo um sucesso.

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