terça-feira, 22 de abril de 2025

A escolha da nova escola


Como eu falei no post anterior, após algumas visitas frustradas a algumas escolas da nossa cidade, encontrei por acaso o instagram de uma escola que, ao menos aparentemente, era exatamente o que eu estava buscando (era uma escola Montessori de verdade). Mas ela era realmente longe de nossa casa.  

Antes dessa, eu já havia 'ouvido falar' de outras duas escolas também distantes de nossa casa, com propostas pedagógicas interessantes. Mas justamente por entender que a distância iria impossibilitar (ou dificultar demais) que eu matriculasse o Nícolas em uma delas, resolvi nem visitá-las, pois ver uma escola bacana e saber que eu não poderia colocar meu filho lá, me deixaria triste.

Mas, mesmo sendo ainda mais longe que as outras duas, eu quis muito ir conhecer essa escola em específico. Isso porque as outras duas pareciam ter propostas interessantes, mas essa era muito mais que isso: ela parecia ser exatamente o que eu queria que uma escola fosse para meu filho, e eu não queria deixar de ir conferir se realmente era tudo isso, e tentar ajustar nossa rotina de alguma maneira para que o Nícolas pudesse ir pra lá. Troquei mensagem com os donos da escola, e descobri que, além de ser distante de nossa casa, ela também não oferecia turno integral (o que pra nós era uma necessidade real) e também não oferecia almoço, já que não tinha turno integral. Mas mesmo existindo vários obstáculos e eu já achando que seria impossível conciliar tudo, eu fui visitar a escola.

Fui sozinha, já que a essa altura o marido estava fazendo um curso em Salvador. E presencialmente me encantei ainda mais. Além da escola em si e da proposta pedagógica, também gostei muito mesmo dos donos (a dona é também diretora), que apresentaram a escola para mim, e de toda a história do seu surgimento (em resumo, eles decidiram abrir a escola para seu filho, já que não gostaram de nenhuma escola que conheceram na cidade). 

E em meio a tantas dificuldades para fazer dar certo com essa escola, uma notícia me animou bastante: o valor da mensalidade era bem mais baixo do que as escolas que ficam no nosso bairro. E eu me agarrei a essa informação, e já comecei a fazer contas para ver se essa diferença de preço seria suficiente para que eu pudesse de alguma maneira contratar serviços que fizessem essa minha vontade de matricular o Nícolas lá desse certo. E deu!!! 

Mas para ser possível, tivemos que tomar a decisão de trocar ambos os filhos de escola. Inicialmente não queríamos mesmo tirar o Vinícius da Mafa (que amamos e estávamos tão acostumados), mas seria impossível mantê-los em escolas tão distantes entre si, além de que para que financeiramente fosse possível pagar pela "estrutura" necessária, precisávamos que ambos fossem pra escola cuja mensalidade é mais barata. 

A partir daí, o que fizemos foi: 
- primeiro, já que a nova escola não tem período integral, matriculamos nossos filhos regularmente em ambos os turnos. Como ela segue a pedagogia Montessori, não ocorrem aulas no modelo "professor discursando à frente da turma sobre um tema preestabelecido", então ficar dois períodos não implica necessariamente em realizar atividades repetidas. 
- em segundo lugar, trocamos a diarista que ia nossa casa fazer faxina duas vezes na semana por uma funcionária mensalista, que além de limpar e organizar a casa, também cozinha, deixando o jantar e o almoço pronto para os meninos todos os dias. Assim, já que a escola não fornece almoço para as crianças, eles levam almoço preparado de casa e uma funcionária da escola os acompanha durante a refeição.
- e por último, contratamos uma pessoa para levá-los para a escola todos os dias (eu busco), já que pela distância e horários de início das aulas e nossa entrada no trabalho, ficaria bem complicado para nós os levarmos. 

Confesso que fiquei receosa e bastante ansiosa com todas as mudanças que precisaríamos fazer na nossa rotina para que fosse possível matricular os meninos nessa escola. Mas deu muito certo! Estou bem satisfeita (mesmo) com essa decisão! A escola está sendo maravilhosa para eles, e eu não me arrependo de forma alguma por ter feito essa escolha!


Ps.: quando decidimos colocar os meninos nessa escola e organizamos toda a logística necessária, eu realmente achava que isso iria nos sobrecarregar, mas que valeria a pena pela qualidade da escola.
Mas a grande verdade é que, além de não nos sobrecarregar, ainda nos ajudou. O tempo que eu passo dirigindo hoje é o mesmo tempo que eu gastava no ano passado. A diferença é que antes eu ia duas vezes (ida pra escola de manhã e volta pra casa de tarde) e hoje eu vou apenas uma vez (volta pra casa). E aproveito esse tempo em que estou sozinha, indo para a escola, e vou sempre ouvindo alguma aula da pós-graduação (em Montessori) que estou fazendo. Como bônus extra, agora temos tempo pela manhã para fazermos algo (eu levo as cachorras pra passear e o marido faz uma corrida na quadra), antes do trabalho. E ainda quando chegamos em casa, ela está sempre arrumada e limpa, e com jantar pronto para os meninos.
A mudança, que eu imaginava que fosse ser benéfica apenas para as crianças, acabou sendo ótima para todos nós.

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