domingo, 6 de maio de 2018

Minimalismo e objetos


Como eu falei nesse post, minimalismo é um caminho que abrange todos os aspectos da vida, e não se resume somente a objetos. Mas reduzir o número de objetos que possuímos pode ser uma boa forma de iniciar esse processo. Até porque (pelo menos para mim) estar em um lugar abarrotado de objetos torna a mente tão confusa e distraída, que fica quase impossível relaxar para refletir sobre quaisquer outros aspectos da vida.
Além do que, o simples fato de ter muitos objetos já está te tomando, sem que você perceba, recursos preciosos:

· Cada objeto que você tem, custou um valor. Significa que você teve que trabalhar um determinado número de horas para conseguir dinheiro para trocar pelo objeto em questão. Em outras palavras, cada objeto que você possui significa um tempo que você perdeu trabalhando ao invés de estar fazendo outra coisa mais prazerosa.
· Cada objeto demanda um tempo de manutenção (limpeza e organização). Um armário, uma estante ou uma casa cheio de objetos demanda muito mais tempo para ser colocado em ordem do que um similar mais vazio. Novamente os objetos drenando nosso tempo precioso.
· Cada objeto ocupa um determinado espaço. Ter muitos objetos significa que ou você vai ter um espaço abarrotado (o que causa uma sensação de estresse e confusão mental), ou então que você vai precisar de um espaço maior para guardá-los (seja um armário, uma estante ou uma casa maior). O que significa gastar mais dinheiro (a princípio o preço de aluguel ou aquisição de uma casa/estante/armário maior é mais alto que de uma menor), que significa mais tempo trabalhado ao invés de fazer algo mais prazeiroso, e por aí vai...

Mas então, como decidir quais objetos devem permanecer e quais devem sair de nossas vidas (para o lixo, doação ou venda)? Bem, não existe uma regra fixa. Depende de cada pessoa, suas necessidades específicas,  seu estilo de vida, seus valores... Um determinado objeto pode ser extremamente importante para uma pessoa, e inútil para outra (como exemplo: uma cadeira de rodas é algo extremamente útil para quem tem dificuldade de locomoção, mas se eu tivesse uma na minha casa, significaria somente um trambolho pegando poeira e me atrapalhando a circular).

A princípio, uma boa ferramenta para decidir se algo deve ficar ou sair é fazer as seguintes perguntas:

· Esse objeto é realmente útil para mim?
· Esse objeto me traz alegria?

Se ambas as respostas forem "não", então não há motivos para mantê-lo, e sua permanência só estará drenando recursos preciosos da sua vida.


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