terça-feira, 24 de abril de 2018

Mas afinal, o que é ser minimalista?


Dos três "rótulos" que eu me atribui (neste post), com certeza o menos palpável é o conceito de minimalismo. Afinal, o que seria uma pessoa minimalista? Quais são os critérios para que alguém possa ser considerado minimalista?
Há quem acredite que ser minimalista é ter somente o mínimo necessário para viver, sem supérfluos. Mas, nesse caso, "viver" seria apenas permanecer vivo? Sobreviver? Se for isso, então minimalismo seria sinônimo de escassez. Somente alguém que não tenha nada além de comida e água suficientes para garantir sua sobrevivência poderia ser considerado minimalista. Qualquer arte, qualquer conforto, qualquer luxo está além das necessidades básicas à vida, e seria considerado não adequado a uma pessoa minimalista.
Não concordo com essa visão.

Para mim, minimalismo é na realidade um caminho, e não um destino. Uma pessoa minimalista é aquela que se propõe a trilhar esse caminho. Não um caminho de escassez, mas, pelo contrário, um caminho de abundância de significado, de consciência e de felicidade.
Uma pessoa minimalista é aquela que diz "não" para o que não é importante para si, para abrir espaço e se focar no que realmente importa. Em todas as dimensões: objetos, atividades, relacionamentos...
Tudo o que temos, desde objetos até compromissos e amizades, nos absorve. Absorve espaço, absorve recursos, absorve tempo, absorve energia. E não temos condições de abrigar tudo o que nos aparece. Minimalista é a pessoa que observa com olhar crítico cada um de seus "pertences" e entende que desapegar do que já não possui mais significado na sua vida vai possibilitar  que se dedique mais ao que realmente lhe traz felicidade.

MENOS dinheiro gasto com objetos desnecessários implica em MAIS recursos para investir em coisas de valor (sejam objetos ou mesmo experiências).
MENOS móveis em casa implica em MAIS espaço para o ar fluir.
MENOS compromissos implica em MAIS tempo para fazer o que gosta.
MENOS relacionamentos tóxicos implica em MAIS tempo para se dedicar aos seus bons amigos.
MENOS escolhas automáticas implica em  MAIS escolhas conscientes.
MENOS preocupações implica em MAIS tranquilidade.

Desde que entendi o que é minimalismo e como ele pode tornar minha vida melhor, tenho reduzido tudo o que não faz mais sentido pra mim. Retirei muitos objetos do meu armário, me desobriguei de compromissos que não me faziam feliz, deixei de buscar pessoas que não me agregavam valor.
Mas não existe um destino que, uma vez alcançado, o trabalho estará finalizado. Minimalismo é um processo, é algo contínuo. O que é importante na nossa vida hoje, amanhã pode não ser mais, e deve-se sempre manter o foco, para conseguir identificar essas situações.

Agora, mais do que nunca, o minimalismo vai ser importantíssimo para me ajudar a economizar dinheiro, tempo, saúde e energia para focar na minha mais nova atividade, que certamente será abundante em significado e felicidade: Ser mãe!


5 comentários:

  1. Que bom que gostou, lindinha.
    Com certeza, ser minimalista é uma decisão que faz bem para o mundo, para si próprio, e pra pessoas que nos rodeiam.
    Beijos!!

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  2. Texto muito bom. Caminho,processo.Simples assim.

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    1. Obrigada pelo comentário, Mirian. Que bom que o texto agradou.

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